ESCORIOSE
Esta doença é causado pelo fungo Phomopsis
viticola Sacc.
Durante
o inverno o fungo sobrevive na forma de micélio ou de picnídio nas gemas
dormentes da base do sarmento. Nesta forma, nas feridas existentes, pode
sobreviver de um a três anos.
No
período de abertura das gemas, quando a picnídia é molhada libera os esporos
que são lavados ou jogados, pelos pingos da chuva, sobre os brotos novos em
desenvolvimento. Por este motivo é que as lesões de Escoriose aparecem somente
nos 2 ou 3 primeiros entrenós. Estes esporos germinam com temperatura baixa e
na presença de água livre, ou umidade relativa ao redor de 100%. Nestas
condições a infecção pode se instalar em algumas horas. Entretanto, os sintomas
somente aparecerão cera de 21 a 30 dias após a infecção.
É
importante salientar que esta doença tende a se dispersar na videira atacada, mas
não de uma videira a outra, por isto, o ataque é localizado dentro do vinhedo.
A dispersão a longa distancia normalmente é causada pela propagação de material
contaminado.
Controle
Devido às lesões que permanecem sobre o sarmento ser
a fonte de inoculo para as infecções nas brotações novas, recomenda-se que na poda de inverno sejam eliminadas o
máximo possível destas lesões. Quando ocorre ataque severo durante o período
vegetativo, recomenda-se realizar tratamento de inverno com calda sulfocalcica
a 4 o Baumé.
No
inicio da brotação aconselha-se efetuar dois tratamentos com fungicidas
protetores, o primeiro quando os brotos tiverem cerca de 1 cm de comprimento e
o segundo com 6 a
12 cm de
comprimento (duas a três folhinhas abertas). Entretanto, em períodos muito
frios em que o crescimento dos brotos é lento, é aconselhável realizar uma ou
duas aplicações suplementares.
Como
esta doença se propaga na fase inicial do desenvolvimento vegetativo quando a
área foliar é pequena e neste estágio a absorção de produtos sistêmicos ou de
profundidade é muito pequena ou nula, recomenda-se usar produtos de contato.
Neste caso os mais indicados são: dithianon,
mancozeb, captan e enxofre.
ANTRACNOSE
A doença é causada pelo fungo Elsinoe ampelina (de Bary).
O
fungo hiberna, nas lesões existentes nos sarmentos, através da estrutura chamada de sclerocia, e, na primavera quando ocorrer um período úmido por 24
horas e temperaturas acima de 2 oC produz muitos esporos, conídios. Os conídios são projetados
para as partes verdes da planta através da água livre ou chuva de no mínimo 2
mm.
Além
de causar perda de produção, pode afetar toda a parte aérea da planta comprometendo
seu desenvolvimento nos anos subsequentes. O patógeno ataca todos tecidos
verdes e jovens da videira, como as folhas, ramos, pecíolos, gavinhas,
inflorescência e frutos, ocasionando perdas que podem chegar a 100%, caso
medidas adequadas de controle não sejam tomadas. Outro dano observado é o baixo
vigor das plantas que foram atacadas no ano anterior, vindo a comprometer a
safra seguinte.
A
fase crítica é o início da brotação onde o controle é indispensável. A
severidade da doença depende, principalmente, das condições locais de alta
umidade e exposição a ventos frios.
Controle
Algumas medidas preventivas podem ser tomadas para
evitar ou minimizar o risco de ocorrência desta doença, tais como:
-
Evitar o plantio em lugares com alta umidade e em terrenos expostos a ventos
frios.
-
Utilizar material vegetativo sadio.
-
Na poda de inverno eliminar o maior número possível de sarmentos com lesões de
antracnose.
-
Fazer tratamento de inverno com calda sulfocálcica a 4 o Baumé.
Durante
o período vegetativo aplicar fungicidas recomendados para o controle desta
doença, iniciando quando a brotação tiver de 5 a 10 cm de comprimento e seguir
até que as condições climáticas sejam favoráveis ao desenvolvimento da doença
(temperatura mínima abaixo de 18 oC).
Os
fungicidas indicados para o controle desta doença são:
a)
– Fungicidas de contato – dithianon,
captan, folpet, clorothalonil, maneb e mancozeb.
b) – Fungicidas
sistêmicos – Tiofanato metílico, difeconazole, tebuconazole e
imibenconazole.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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Patology. Ohio State University Extension. 2011.
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NAVES, R.L.; GARRIDO,
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