Segundo Walker (1965), “Para cada variedade ou espécie vegetal existe um
conjunto de condições ambientais que favorece seu ótimo desenvolvimento. Na
natureza, entretanto, essa situação ideal raramente existe e, como
consequência, cada espécie vegetal está sujeita às vicissitudes do meio
ambiente. Quando um ou vários dos fatores do ambiente chega a ser especialmente
desfavorável, o desenvolvimento da planta se altera e se manifestam
características anormais. As plantas doentes se distinguem por alterações em
seus processos estruturais ou fisiológicos que são consequências do ambiente
desfavorável ou de agentes parasitários de qualquer classe”.
Para Gaumann (1950), “doença é um processo
dinâmico no qual hospedeiro e patógeno, em intima relação com o meio, se
influenciam mutuamente, do que resultam modificações morfológicas e
fisiológicas. Por ação conjugada dessas forças recíprocas, a doença não pode
ser considerada como uma simples reação da planta à infecção do patógeno e sim,
como um processo independente, um complexo biológico autônomo de suas partes,
quando o parasita e hospedeiro se unem em vida comunal em ordem mais elevada
que a simples soma de vidas separadas”.
A proteção da planta
hospedeira é comumente obtida pela aplicação de fungicidas e visa diretamente
os patógenos, impedindo a sua penetração. A eficiência da proteção depende das
características inerentes do produto, bem como da estratégia de aplicação. O
método, a época, a dose e o número de aplicações, bem como os produtos mais
adequados, são aspectos que devem ser considerados nos programas de proteção.
Um dos principais objetivos da
Fitopatologia é aplicar métodos adequados para combater as diversas
enfermidades originadas por agentes bióticos e/ou abióticos nas plantas
cultivadas ou de interesse humano, mediante uma série de princípios, medidas e
procedimentos ou ações com a finalidade de eliminar, reduzir ou atenuar os
danos e/ou perdas causadas por estes agentes.
Em
se tratando da videira, a possibilidade de ocorrer doenças fitopatológicas vai
desde a brotação até a queda das folhas.
ESCORIOSE
A primeira doença que normalmente aparece, mediante
condições de baixas temperaturas, ventos frios e umidade, é a Escoriose (Phomopsis
viticola). O
fungo Phomopsis viticola, pode
sobreviver na forma de picnídios nas lesões existentes de um a três anos.
Quando o picnídio é molhado exsuda os esporos que são lavados ou jogados sobre
os brotos novos em desenvolvimento. Estes esporos germinam com temperatura
entre 1 e 32 oC, sendo a temperatura ótima para a germinação de 23 oC,
e na presença de água livre, ou umidade
relativa ao redor de 100%, a infecção pode se instalar em algumas horas.
Entretanto, os sintomas aparecerão somente cerca de 21 a 30 dias após a
infecção.
A onde a doença é endêmica, torna-se severa em condições
de muita chuva no início da primavera e temperaturas baixas. Com temperaturas
entre 5 oC e 7 oC os brotos crescem lentamente e neste
estágio são muito suscetíveis à doença (comprimento de 3 a 10 cm).
Devido às
lesões que permanecem sobre o sarmento serem a fonte de inoculo para as
infecções nas brotações novas, recomenda-se
que na poda de inverno sejam eliminadas o máximo possível destas lesões.
Quando ocorre ataque severo durante o período vegetativo, recomenda-se realizar
tratamento de inverno com calda sulfocálcica a 4 o Baumé.
Como esta doença se propaga na fase inicial do
desenvolvimento vegetativo quando a área foliar é pequena e neste estágio a
absorção de produtos sistêmicos ou de profundidade é muito pequena ou nula,
recomenda-se usar produtos de contato. Neste caso os mais indicados são:
dithianon, mancozeb, captan e enxofre.
A partir do broto com 3 a 4 folhas abertas há
probabilidade de ocorrer ataque de Antracnose e Míldio concomitantemente.
Portanto, devemos realizar tratamentos preventivos para as duas doenças.
ANTRACNOSE (Elsinoe ampelina (de
Bary)).
O fungo hiberna,
nas lesões existentes nos sarmentos, através da estrutura chamada de esclerócio, e, na primavera quando
ocorrer um período úmido por 24 horas e temperaturas acima de 2 oC
produz muitos esporos, conídios. Os conídios são projetados para as
partes verdes da planta através da água livre ou chuva de no mínimo 2 mm. Os
conídios germinam e causam a infecção primária quando existir água livre pelo
período de 12 horas e temperatura entre 2 e 32 oC; as infecções
subsequentes variam quanto ao tempo de aparecimento do sintoma em função da
temperatura, podendo ser de 13 dias para temperatura de 2 oC ou 4
dias para temperatura de 32 oC.
Algumas
medidas preventivas podem ser tomadas para evitar ou minimizar o risco de
ocorrência desta doença, tais como:
- Evitar o plantio em lugares
com alta umidade e em terrenos expostos a ventos frios.
- Utilizar variedades com maior
resistência à doença.
- Utilizar material vegetativo
sadio.
- Na poda de inverno eliminar o
maior número possível de sarmentos com lesões de antracnose.
- Fazer tratamento de inverno
com calda sulfocálcica a 4 o Baumé.
Durante
o período vegetativo aplicar fungicidas recomendados (dithianon, captan,
folpet, clorothalonil, maneb, mancozeb, Tiofanato metílico,
difeconazole, tebuconazole e imibenconazole), iniciando quando a brotação tiver
de 5 a 10 cm de comprimento e seguir até que as condições climáticas estejam
favoráveis ao desenvolvimento da doença (temperatura mínima abaixo de 18 oC).
MÍLDIO
(Plasmopora vitícola (Berk & Curt))
O fungo hiberna sob a forma de oósporos no
interior das folhas caídas sobre o solo durante o outono e pode, também, passar
o inverno na forma de micélio dormente sobre os sarmentos atacados. Estes
esporos são muito resistentes e podem sobreviver por mais de cinco anos.
No final do ciclo vegetativo, outono, nas
manchas de Míldio existente nas folhas, desenvolve-se os oósporos. Estes podem ser produzidos com qualquer
temperatura, mas parece que a sua formação ocorre preferencialmente sob
condições de pouca umidade relativa, quando a esporulação se torna difícil, ou
quando as folhas estão em senescência.
Na primavera, quando o solo está
suficientemente úmido, e a temperatura é superior a 12 ºC, mediante a
ocorrência de 1 a 2 dias de chuva com a intensidade de no mínimo 10 mm, os
oósporos germinam emitindo um órgão (macroconídio). Uma vez que o esporângio se desenvolveu, libera os zoósporos que são
transportados para as folhas novas pela ação dos pingos da chuva ou pelo vento.
Estes zoósporos caindo sobre os órgãos
verdes da videira, por possuir cílios que se movimentam, nadam em direção aos
estômatos encistam-se e penetram, instalando-se na câmara estomática, daí o
promicélio se expande através do espaço intercelular colonizando o tecido do
hospedeiro. Sob condições favoráveis de temperatura e umidade o tempo decorrido
entre a penetração e a germinação é de 90 minutos.
Controle
Dentre todas as doenças da videira o Míldio é
aquela cuja proteção é mais importante devido a sua frequência, ao seu longo
período de atividade e a gravidade dos prejuízos que causa.
No início do ciclo vegetativo da videira quando a
área foliar ainda é pequena, a temperatura não está dentro da faixa ótima para
o desenvolvimento do míldio e a quantidade de inoculo é pequena, embora ocorram
chuvas, os estragos que podem ser causados pelas infecções primárias são
insignificantes. Nesta fase correspondem aos primeiros tratamentos, entre 2 a 3
folhas visíveis e os cachos visíveis, as intervenções podem ser feitas com
produtos de contato, mesmo com tempo chuvoso. Embora não seja errado o uso de
produtos sistêmicos ou de profundidade. Entretanto, devemos considerar que
estamos usando produtos sistêmicos ou de profundidade numa fase que não são
necessários, comprometendo a sua utilização mais tarde (devido ao risco de
resistência é aconselhável usá-los 3 a 4 vezes por ciclo vegetativo) e, além
disso, são mais caros. Numa fase posterior que vai dos cachos separados ao início
da floração, podemos usar qualquer tipo de fungicida, dependendo das condições
climáticas: tempo seco e sem míldio visível usar fungicidas de contato; tempo
úmido, embora sem a presença de míldio, é aconselhável usar produtos sistêmicos
ou penetrantes (de profundidade).
Na fase de floração é aconselhável o uso de produtos
sistêmicos ou de profundidade, a não ser que o tempo seja seco e então podemos
usar produtos de contato.
A partir do início da formação do grão, entramos
num período crítico onde a ocorrência de míldio é muito grande, devido às
condições de umidade e temperatura, e este período se estende normalmente até
final de Novembro. Neste período devemos seguir tratando com produtos de ação
sistêmica ou de profundidade. A partir desta data, final de Novembro, se o tempo
for seco podemos tratar com produtos de contato, mas se o tempo for chuvoso é
aconselhável utilizar produtos de profundidade. Sempre observando que a partir
do grão tamanho de ervilha, como neste estágio a transpiração dos frutos é
muito pequena, os produtos sistêmicos terão pouca ação no controle da doença
sobre os grãos, embora controle perfeitamente nas folhas.
Dentre os fungicidas recomendados para o controle
do Míldio podemos citar:
-
Produtos de contato = dithianon, captan, ciazofamida, clorothalonil, folpet,
mancozeb, hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre, oxido cuproso, metiran,
propineb e sulfato de cobre.
-
Produtos de profundidade = azoxistrobina, zoxamida, cymoxanil, dimetomorfe, famoxadone,
fenamidone, fluopicolide, iprovalicarbe e piraclostrobina.
-
Produtos sistêmicos = benalaxil, bentivalicarbe isopropil, metalaxil e fosetil
alumínio.
OÍDIO (Uncinula necator (Schw))
O
fungo hiberna sob a forma de micélio nas gemas dormentes (fase assexuada), ou,
em cleistotécios nas folhas que caíram sobre o solo no outono passado e, também
nos sarmentos, tanto nos que foram eliminados na poda e estão sobre o solo,
como os que ficaram na planta (varas e esporões), ou, ainda, no ritidoma (casca) das cepas (fase sexuada).
Logo
após a abertura das gemas, o fungo é reativado e desenvolve-se sobre o broto
novo. Mas, para que isso aconteça é necessário que o dia esteja nublado, com manhãs de elevada umidade relativa
(acima de 25%), seguidos de períodos de sol com temperaturas acima de 25ºC.
A
temperatura é o fator limitante para o desenvolvimento do fungo. Temperaturas
entre 20 oC e 27oC são ótimas para a ocorrência da
infecção e o desenvolvimento da doença, entretanto o desenvolvimento pode
ocorrer com temperaturas entre 6 oC e 32 oC. Temperaturas
acima de 35 oC inibem a germinação dos conídios. Entretanto, durante
um curto período de tempo em que a temperatura do ar ultrapassar os 40 oC
as colônias que estão expostas à luz solar e as que sofrem o efeito da alta
temperatura são eliminadas rapidamente, mas aquelas colônias que estão sobre as
bagas e folhas no interior da folhagem,
onde a temperatura é mais baixa, sobrevivem.
Segundo Pereira
et al, medidas profiláticas bem aplicadas podem desfavorecer o
desenvolvimento da doença. Estas podem ser classificadas pela seguinte ordem:
-
Adotar um sistema de condução que favoreça o arejamento e a insolação dos
cachos;
-
Limitar o uso de fertilizantes que influam no sentido de vigor excessivo;
-
Evitar o sombreamento dos cachos, favorável ao desenvolvimento do fungo;
-
Usar material vegetativo sadio;
-
O vigor excessivo cria um micro clima
úmido e favorável à doença;
-
Certas intervenções em verde (desponte) favorecem a disseminação dos conídios:
realizá-las após a aplicação de fungicida.
Quanto
ao uso de produtos químicos, o enxofre continua sendo um excelente produto para
o controle do Ódio quando usado preventivamente. Devem-se iniciar os
tratamentos quando a brotação tem cerca de 20 cm de comprimento e repetir os
tratamentos a cada 14 dias.
Além
do enxofre outros produtos tem excelente ação, inclusive alguns como
erradicantes, e, nesta lista podemos citar os a base de boscalida, bicarbonato
de potássio, cipraconazol, cresomin metílico, difeconazole, melaleuca
altimifolia, microbutanil, piraclostrobina, tebuconazole e triflumizol.
BOTRYTIS (Botrytis cinérea (Pers).)
Hiberna
sob a forma de esclerócios (manchas alongadas de coloração negra) nos
sarmentos, ou sob a forma de micélio nas fendas da madeira e gemas. Na
primavera os esclerócios e os micélios produzem conídios, que são a fonte de
inoculo na prefloração, tanto nas folhas como nas inflorescências. Os conídios
são disseminados pela chuva e pelo vento e são bem mais numerosos após o início
da maturação da uva.
O
fungo se desenvolve melhor na temperatura de 18 ºC a 23 ºC e umidade relativa
alta.
A Botrytis sendo uma doença
muito dependente das condições climáticas e da sensibilidade da variedade, as
medidas profiláticas destinadas a limitar a importância dos danos sobre a
produção são:
- Escolher porta enxertos menos
vigorosos;
- Evitar as variedades ou clones
muito sensíveis em regiões ou parcelas consideradas favoráveis à doença;
- Limitar o uso de fertilizantes
nitrogenados que causam grande vigor e aumentam a sensibilidade da videira;
- A taxa da doença é muito mais
baixa se o enraizamento profundo permite modular o estresse hídrico;
- Promover um sistema de poda ou
de manejo que permita um bom arejamento da folhagem e dos cachos e evitando
lesões nos cachos;
- Expor os cachos de modo a
favorecer a sua precocidade;
- Assegurar boa proteção dos
cachos contra o Oídio e traças.
No
controle químico os produtos indicados são:
1o tratamento – quando cerca de 2% das
flores estiverem abertas. Nesta fase devemos aplicar um produto sistêmico ou de
profundidade: Procimidone (sistêmico); Pyrimethanil
(profundidade) e Pyrimethanil +
Iprodione (profundidade e contato).
2o
tratamento – 80% das flores abertas. Repetir o tratamento com Procimidone, Pyrimethanil ou Pyrimethanil + Iprodione.
3o
– Tratamento – Fechamento dos cachos. Nesta fase o sistêmico tem pouca ação.
Portanto, aplicar um produto de profundidade. Pyrimethanil ou Pyrimethanil
+ Iprodione.
4o
– Tratamento – Início da maturação. Desta fase em diante os sistêmicos e os de
profundidade não são absorvidos pelos grãos de uva. Por este motivo durante a
maturação da uva devemos aplicar produtos de contato. Iprodione
OBS – todos os tratamentos para prevenção da Botrytis
devem ser direcionados aos cachos.
PODRIDÃO DA UVA MADURA (GLOMERELLA) (Glomerella
cingulata (Stonemam) Spauld & Schrenk, fase perfeita ou sexual de Colletotrichum
gloeosporioides (Penz.) Penz. & Sacc)
O
fungo sobrevive de um ciclo vegetativo da videira a outro nos frutos
mumificados e nos pedicelos que são a fonte de inoculo primário. Durante a
primavera ocorrendo chuvas os conídios produzidos pelos micélios sobreviventes
causam a infecção primaria. Os conídios causam todas as infecções secundárias
durante todas as estações, tão logo a temperatura e umidade tornem-se
favoráveis, sendo que a disseminação ocorre pela ação da chuva, vento, animais
e insetos.
A
disseminação é feita principalmente pelo vento e por respingos de chuva. A
umidade é o principal fator determinante da gravidade da doença. Longos
períodos de chuva e de dias encobertos, bem como o orvalho noturno intenso, são
condições favoráveis ao desenvolvimento da doença.
A
produção de conídios é abundante durante a primavera, mas decresce no verão. Os
frutos são suscetíveis a infecção durante todos os estágios de desenvolvimento
desde as bagas recém formadas até a maturação, mas não apresentam nenhum
sintoma antes da maturação. O desenvolvimento da doença é favorecido com altas
temperaturas (25 a 30 oC) e umidade. A hifa penetra na cutícula da
uva e permanece latente até a uva amadurecer, quando então aparecem os sintomas
primários. Quando os frutos estão maduros a hifa coloniza o pericarpo inter e
intracelularmente e os acérvulos são formados sobre a superfície do fruto.
Estudos indicam que o processo da infecção desde a germinação dos conídios,
formação de opressório e penetração em bagas em desenvolvimento ocorrem dentro
de 48 a 72 horas, entretanto o patógeno permanece em estado latente até a
maturação dos frutos.
O
desenvolvimento de epidemias da doença é restringido pela disponibilidade de
água livre em todas as fases do ciclo do patógeno. Não somente a esporulação
requer alta umidade, mas também a liberação e a dispersão dos esporos é
dependente de água livre, no mínimo molhamento por 4 horas, e temperatura entre
20 a 25 oC são condições requeridas para a germinação e a infecção.
Controle
O controle da doença envolve práticas culturais
adequadas combinadas com a aplicação de fungicidas específicos. Dentre as
práticas culturais podemos citar a boa circulação de ar; a retirada dos cachos
com bagas mumificadas, logo após a colheita; realização da poda verde;
posicionamento dos ramos e desfolha são muito importantes porque favorecem a
entrada de luz e a circulação do ar ao redor dos cachos, favorecendo a retirada
de umidade e a penetração de fungicidas. Utilizar adubação adequada evitando o
excesso de nitrogênio, evitar ferimentos nas bagas, proporcionar um bom
distanciamento dos cachos, evitar a exposição direta dos cachos ao sol.
Tratamento com fungicidas
específicos devem começar quando as bagas ainda estão verdes e seguir até
próximo a colheita.
O controle químico deve ser efetuado
nos seguintes estágios:
a) – após a
floração, grão limpo – aplicar um fungicida sistêmico (tebuconazole ou tiofanato
metílico)
b) - início da
compactação do cacho e início da maturação – devido às características dos
compostos sistêmicos de se translocarem
ao longo da rota de transpiração da planta, as folhas são, portanto, o órgão
primário de transpiração, e o movimento dentro da planta são no sentido do
sistema radicular para as folhas em expansão. Folhas muito jovens, flores e
frutos, por não transpirarem quantidades significantes de água, recebem pequena
quantidade de fungicida. É de se esperar também que os frutos não recebam
resíduos desses produtos. Por este motivo, nestes estágios de desenvolvimento
do fruto não é aconselhável o uso de produtos sistêmicos, mas sim de
profundidade (Piraclostrobina +
metiran).
c)
– a partir do início da maturação - no início da maturação sobre os grãos de uva
forma-se uma grossa camada de cera (pruína) que dificulta a penetração de
qualquer substância. Além disso, a partir deste estágio a alimentação dos grãos
passa ser via floema. Portanto, a camada de cera vai dificultar a absorção de
produtos de profundidade e sistêmicos e a alimentação via floema impede a
entrada de produtos sistêmicos, visto estes produtos, na sua grande maioria,
circularem via xilema. Os únicos fungicidas que podem agir sobre o fungo neste
estágio são os mesostêmicos e os de contato. Como não se conhece fungicidas
mesostêmicos com efetiva ação sobre a Glomerella, recomenda-se o uso de
produtos de contato (clorothalonil, mancozeb, folpet, folpan, dithianon).
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